A FALÁCIA DAS MEGA OPERAÇÕES E O 'GRANDE' TRAFICANTE

ESCALADA DA VIOLÊNCIA

Alagoas vem assistindo uma escalada sem precedentes da violência. As estatísticas mórbidas aumentam a cada dia nos escritórios do IML. E o cidadão - todos os dias - ouve novas histórias de violência, assalto e horror. Incapaz de combater a criminalidade de forma definitiva e eficiente, a secretaria de segurança pública do Estado de Alagoas, comandada pelo Tenente Coronel Lima Junior (PM), parece ter adotado outra estratégia: A de mídia.

MEGA OPERAÇÕES

A cada quinzena, as polícias civil e militar divulgam à imprensa que fora feita uma mega operação, nos quatro cantos do Estado, com objetivo de desarticular quadrilhas ligadas à roubos e tráfico. Objetivos bem abrangentes e abstratos. Há quem diga que, na prática, junta-se diversos mandados de buscas e apreensões expedidos pela Justiça em diferentes comarcas. E depois de acumulados, os mandados são finalmente cumpridos. E mostrados à imprensa como resultado de uma mega operação. Assim, nesta estratégia do Coronel Lima Júnior, tenta-se mostrar volume onde não há. E ação, onde existe apenas inércia e incompetência.

O MEGA TRAFICANTE

Numa dessas tentativas de mostrar o que não é, a secretaria estampou nos sites oficiosos, a notícia oficial de que um dos chefes do tráfico de Maceió, (foto abaixo) morreu em confronto com a PM em sua casa no bairro Riacho Doce, com um revólver calibre 38. E na casa os policiais encontraram 490 gramos de cocaína e 387 reais em dinheiro. Várias informações não batem: Como um poderoso traficante passa a noite em uma casa modesta num bairro modesto? É possível um chefão do tráfico estar numa casa sem nenhum soldado do tráfico ou os costumeiros seguranças? Agora os chefões do tráfico usam apenas um revólver 38. Ao contrário das pistolas automáticas .45 ou outras opções do seu poderoso arsenal? Enquanto as respostas não convencem, cada vez mais o comando do Tentne Coronel Lima Junior, secretário de segurança, é questionado e desacreditado.