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NOSSOS REPRESENTANTES, NOSSA POBREZA...

  • Por: Carlos Roberts
  • 17 de abr. de 2017
  • 2 min de leitura

VERGONHA NACIONAL

Ontem a noite o "Fantástico" mostrou mais uma cidade com o dinheiro publico saqueado no interior de Alagoas, e a pobreza de seu povo. Imediatamente pode-se observar manifestações nas redes sociais do tipo: "Revoltante" ou, " Que vergonha!". Mas nossas ações enquanto cidadãos, mostram que não estamos assim tão revoltados ou não temos assim tanta vergonha. Vejamos:

REINCIDENTE

O ex-prefeito de Canapi, cidade da roubalheira mostrada em rede nacional, é acusado de ter desviado pelo menos 30 milhões de reais. Mas ele também é um dos deputados envolvidos no escândalo da Operação Taturana, acusado de fazer parte de um esquema que desviou 300 milhões de reais da Assembleia Legislativa do Estado. Ou seja, se realmente tivéssemos a capacidade de nos revoltar com o roubo do dinheiro publico, todos nos, sociedade organizada, associações, lojas maçônicas, imprensa, estaríamos questionando como os taturanas estão ainda impunes e mais: Concorrendo a cargos públicos, que lhes permite a chave de outros cofres públicos. E se perdemos a capacidade de nos revoltar, também perdemos a vergonha...

NOSSA CULTURA

Através dos anos também temos ouvido que o brasileiro é um povo pacífico. Penso diferente. Somos - desde criança - treinados para não reagir. O exemplo começa na escola quando vemos a diretora se eternizar no cargo. Ela sempre diz que não aguenta mais, que não vê a hora de concluir o mandato, mas nunca tem a coragem de voltar para a sala de aula. De fato voltar ao batente e exercer o magistério em toda sua plenitude. Se na base da nossa sociedade, na educação, cultua-se a pratica do poder eterno, as demais áreas é um efeito cascata. Até desaguar nos cargos públicos e ter as consequências na qualidade de vida da nossa gente, transformada em massa de manobra.

FAZENDO DE CONTA

Na organização política de um município dominado pela corrupção, ha a câmara de vereadores. Onde os vereadores - que precisam do prefeito para atender seus eleitores - fingem que fiscalizam. O prefeito, que precisa do governador para manter seu apoio, finge que cobra. O governador finge que governa. O Ministério Publico, que assiste a falta de merenda, de professores, o superfaturamento nas compras, os contratos misteriosos, alega falta de estrutura e finge tomar ações. A imprensa, dominada pela censura econômica e desesperada pela verba publica para sobreviver, finge que é independente. E o cidadão finge que é esclarecido, finge que esta com vergonha e faz de conta que esta revoltado.

NOSSA POBREZA

E assim caminhamos para uma pobreza política e moral cada vez mais profunda. Na medida em que perdemos a capacidade de nos indignar, o modelo de sociedade de castas vai-se perpetuando no nosso nordeste.E os bandidos que deixamos impunes, se tornam os representantes que escolhemos. Eles promovem a nossa pobreza.


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